quinta-feira, 3 de setembro de 2015

#Voe! - disse, e fez, a Vida.


      Hoje percebo o quanto a vida me fez amadurecer e me fez querer mais, me fez seguir em frente e me ensinou a bater de frente com os obstáculos.
      A vida me tirou daquela caixinha em que eu vivia feliz e confortavelmente, mudou o meu ângulo de visão, me obrigou a perceber as coisas de uma maneira diferente, ela me fez enxergar a verdade.
     Sabe aquela tal frase que diz que “de repente a vida te vira do avesso e você descobre que do avesso é o lado certo?”, então, hoje eu estou vivendo o meu avesso.
   E quanto mais ela desenrolava as situações diante de mim, mais questionamentos e tristezas transbordavam o meu ser. Quantas e quantas horas foram gastas pensando, tentando fazer tudo ter um sentido. E quantas lágrimas derramadas…
      Percebi que ela trabalha comigo em ciclos e que depois de um determinado tempo, ela me tira da nossa zona de conforto e me projeta com o mais forte dos impulsos para frente, mesmo que isso implique em deixar algumas, ou talvez várias, coisas para trás, mesmo que seja dolorido.
     Tudo isso para me fazer entender que não me deu um fardo maior do que aquele que posso aguentar. Tudo isso para me fazer crescer, para me fazer entender que eu posso mais, que o que ela tem preparado para mim é bem maior e que eu não posso me conformar com aquilo que não está bom.
    E, quando tentam me desviar do meu caminho, lá vai ela, obstinadamente, traçar uma rota alternativa e me impulsionar perante os obstáculos que impedem a minha liberdade, que me impedem de conquistar aquilo que é meu.
      A vida... A, implacável, vida veio e me tirou o chão para poder me mostrar que eu posso voar.

“Passarinho que fica preso na gaiola por muito tempo, não desaprende a voar, muito menos esquece como é o cantar diante da liberdade. Passarinho que fica preso se fortalece, enquanto espera o momento certo de voar.”
Fernanda Camargo

#Música do Dia - Confesso

Confesso - Ana Carolina

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final


Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz


Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais


Eu tranco a porta
Pra todas as mentiras
E a verdade também está lá fora
Agora a porta está trancada


A porta fechada
Me lembra você a toda hora
A hora me lembra o tempo que se perdeu
Perder é não ter a bússola
É não ter aquilo que era seu
E o que você quer?
Orientação?


Eu vou contar pra todo mundo
Eu vou pichar sua rua
Vou bater na sua porta de noite
Completamente nua
Quem sabe então assim
Você repara em mim


Não vou viver, como alguém que só espera um novo amor
Há outras coisas no caminho aonde eu vou
As vezes ando só, trocando passos com a solidão
Momentos que são meus e que não abro mão


Já sei olhar o rio por onde a vida passa
Sem me precipitar e nem perder a hora
Escuto no silêncio que há em mim e basta
Outro tempo começou pra mim agora


Vou deixar a rua me levar
Ver a cidade se acender
A lua vai banhar esse lugar
E eu vou lembrar você



É... mas tenho ainda muita coisa pra arrumar
Promessas que me fiz e que ainda não cumpri
Palavras me aguardam o tempo exato pra falar
Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir